

Ex-presidente foi preso na manhã deste sábado (22/11) por tentar violar equipamento de segurança e por risco de fuga
Por Luana Patriolino – Correio Braziliense
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal afirmou, neste sábado (22/11), que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente nesta manhã, tinha “sinais claros e importantes de avaria” e que havia “marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local do encaixe/fechamento do case”.
Em decisão que embasou a prisão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que a tornozeleira do ex-presidente foi violada às 0h08min deste sábado (22). O magistrado também cita o risco de fuga do político, além da suspeita de querer causar “tumulto” para obter vantagens pessoais.
O alarme da tornozeleira disparou e imediatamente, a equipe que faz a segurança de Bolsonaro foi acionada pela Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Distrito Federal, responsável pelo aparelho. A escolta, então, confirmou a violação e fez a troca à 1h09.
Segundo os investigadores, o próprio Jair Bolsonaro reconheceu que utilizou um material de soldagem para violar o equipamento de segurança.
“No momento da análise o monitorado foi questionado acerca do instrumento utilizado. Em resposta, respondeu que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento”, diz o relatório enviado ao STF.
A Polícia Federal chegou ao condomínio de Bolsonaro por volta das 6h deste sábado, e deixou o local cerca de meia hora depois. O ex-presidente foi levado diretamente para a Superintendência da PF e ficará em uma “sala de Estado”.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22/11), na casa dele, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido agora na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde aguarda audiência de custódia, marcada para este domingo.
A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela Polícia Federalao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido.
A prisão preventiva de Bolsonaro não tem relação direta com a condenação na trama golpista, mas, sim, com a quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.

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