O laudo pericial da Polícia Técnico-Científica, divulgado na quinta-feira (24), revelou que a atriz mirim do SBT, Millena Brandão, de 11 anos, faleceu em decorrência de um abscesso cerebral. A menina morreu no início de maio de 2025. A informação foi publicada pelo g1.
“Considerando todos os elementos acima, apontados e avaliados pericialmente em conjunto, a causa médica da morte foi determinada como abscesso cerebral”, diz o documento oficial. Segundo especialistas ouvidos pelo site, esse tipo de infecção afeta o cérebro, causa inflamação e pode formar pus, sendo provocada por bactérias, fungos ou outros microrganismos.
A investigação
Apesar de indicar o motivo da morte, o laudo ainda não esclareceu o que originou o abscesso em Millena. O documento fará parte do inquérito da Polícia Civil, que continua apurando os fatores que levaram ao óbito da jovem e se houve responsabilidade médica. Já nesta sexta-feira (25), os pais da atriz, Thays e Luiz Brandão, devem comparecer ao 101º Distrito Policial, no Jardim das Imbuias, em São Paulo.
O casal entregará novos documentos médicos e prestará depoimento. Eles, junto ao advogado Antônio Carlos Geraldes Neto, acreditam que houve falha por parte dos profissionais que atenderam Millena, principalmente pela ausência de exames que poderiam ter identificado o problema a tempo, além de erros no atendimento prestado.
“Eu levarei todos os outros documentos obtidos a fim de dar maior celeridade à investigação. A gente quer [que a polícia possa] verificar se teve negligência médica”, afirmou o advogado ao g1. A Polícia Civil ainda precisa finalizar o inquérito e determinar se houve imperícia no atendimento e quais as causas exatas da morte. As secretarias de Saúde municipal e estadual também analisam se houve conduta inadequada por parte das equipes médicas envolvidas.
A morte da atriz mirim
Millena começou a apresentar dores de cabeça intensas dois dias antes de falecer, um sintoma compatível com o abscesso cerebral, além de episódios de desmaio. Ela foi levada a uma UPA e a dois hospitais da rede estadual, onde sofreu 13 paradas cardíacas. Mesmo com os atendimentos, nenhum profissional conseguiu diagnosticar corretamente o que ela tinha.
No último hospital onde esteve internada, foi confirmada a morte cerebral da menina, mas os médicos não souberam informar com precisão o que a levou a esse estado. Um dos exames apontou uma mancha no cérebro, sem definir a causa. Suspeitas de dengue chegaram a ser levantadas, mas foram descartadas. Exames também detectaram infecção urinária e a possibilidade de um tumor cerebral. Millena faleceu no dia 2 de maio e foi sepultada dois dias depois, em um cemitério localizado na Zona Sul de São Paulo.
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