A cantora Daniela Mercury virou assunto nas redes sociais nessa quinta-feira (2), depois de um show realizado no “Por do Som” em Salvador. Ao lado da ministra da cultura Margareth Menezes, a cantora de axé fez um discurso em defesa das religiões de matrizes africanas. Na web, internautas interpretaram a fala da famosa como uma suposta indireta para Claudia Leitte.
Sem citar diretamente o nome da loira, Daniela Mercury declarou que existe uma relação direta entre o candomblé e pessoas pretas e, que, o preconceito contra a religião, reflete o racismo presente na sociedade: “O axé é a força que emana de tudo que é vivo. Que a gente aprenda a se amar, porque se o candomblé sofre preconceito é porque o preto sempre sofreu preconceito, isso é uma consequência do racismo. Que a gente afirme toda a importância das religiões de matriz africana”, declarou.
“Eu não seria quem sou, sem os terreiros de candomblé, sem o povo que mantém sua cultura através da sua religião. Então, eu bato cabeça”, seguiu dizendo a cantora Daniela Mercury. Já a ministra Margareth Menezes destacou a importância de se valorizar a cultura afro-brasileira: “É importante a gente buscar na história desse povo afro-brasileiro, dessa cultura, tantas perseguições, desde o tempo da escravidão. Está na hora da gente pensar melhor e se comportar melhor em relação aos direitos dos povos afro-brasileiros”, ressaltou.
Relembre:
A cantora Claudia Leitte foi novamente alvo de uma polêmica depois de ter se apresentado em Salvador no dia 14 de dezembro no Candyall Guetho Square, em um ensaio de verão chamado de “Soul de Rua”. No evento, a artista cantou seus maiores sucessos e arrebatou uma legião de fãs apaixonados. No entanto, nas redes sociais, vídeos do show acabaram dando o que falar e causando polêmica.
Isso aconteceu depois de, mais uma vez, Claudia Leitte mudar a letra da música “Caranguejo” na parte em que a canção faz referência a Iemanjá o trecho: “Maré tá cheia, espera esvaziar. Joga flores no mar, saudando a rainha Iemanjá” foi substituído por “Maré tá cheia, espera esvaziar. Joga flores no mar, eu canto meu rei Yeshua”.
Nas redes sociais, trechos do vídeo de apresentação de Claudia Leitte viralizaram e artista foi criticada: “‘E não é que Claudia Leitte nunca falha com sua intolerância religiosa. De novo, trocou a letra de um hit dela. De novo, mudou ‘saudando a rainha Iemanjá’ por ‘eu canto meu rei Yeshua’, que significa Jesus em hebraico. Tirou na cara dura uma referência religiosa de matriz africana, como preza a cartilha do fundamentalista religioso. Na última vez que fez isso, foi compartilhada pela Michelle Bolsonaro. É esse o nível de Claudinha’”, disse um perfil no Twitter.
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