Na quinta-feira (2), um bebê de apenas 1 ano e 8 meses, identificado como Igno Davi, morreu por suspeita de envenenamento em Parnaíba, no Piauí. O irmão dele, Manoel Leandro da Silva, de 17 anos, também veio a óbito na última quarta-feira (1º), após a família passar mal depois de comer peixes que ganharam de doação. De acordo com as autoridades, sete pessoas da mesma família chegaram a ser hospitalizadas, sendo duas delas em estado gravíssimo. Outras duas já receberam alta.
A informação da morte de Igno Davi foi confirmada pelo Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda), onde o bebê estava internado. De acordo com a unidade, a mãe das duas vítimas, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, é uma das pessoas que estão internadas em estado grave e precisou ser entubada nesta quinta-feira.
Conforme as informações relatadas à polícia por um parente, o grupo teria começado a se sentir mal logo após ingerir os peixes e arroz que a família teria recebido em uma cesta básica doada. Entretanto, de acordo com o delegado responsável pelo caso, Abimael Silva, o grupo teria comido apenas os peixes, tendo requentado outro arroz preparado por ele no dia anterior. “As pessoas que entregaram o alimento se apresentaram de forma espontânea e vão ser ouvidas hoje à tarde pela polícia. O arroz consumido pela família vítima do infortúnio foi preparado pela própria família no dia anterior. Eles não consumiram o arroz doado pelas pessoas, apenas a manjuba (peixe) que veio na sacola”, explicou a autoridade policial. Segundo a Polícia Militar, o dono da casa não se lembrava do nome de quem realizou a doação.
De acordo com as informações divulgadas pelo diretor técnico do Heda, Carlos Teixeira, duas crianças também estão internadas em estado gravíssimo em uma outra unidade hospitalar, o Hospital Nossa Senhora de Fátima. Uma delas, inclusive, precisou de ventilação mecânica enquanto estava sendo encaminhada ao hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Os sintomas [dos pacientes] foram basicamente os mesmos: frequência cardíaca abaixo do normal, sudorese intensa, rebaixamento de nível de consciência. A gente ainda está fazendo exames para descobrir a origem e o material desse envenenamento. Estamos dando atenção prioritária às crianças em estado gravíssimo”, explicou ele. Além deles, outras três pessoas continuam em observação.
O diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Antônio Nunes, revelou que os peritos da Polícia Civil coletaram material do estômago, urina e sangue de Manoel Leandro da Silva, a primeira vítima. A equipe também teria coletado sangue e urina das pessoas que seguem internadas, além de ter ido à casa da família para apreender os alimentos que foram consumidos. O conteúdo deverá passar por uma análise em breve.
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