Recentemente, surgiram preocupações entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e militares de alta patente sobre a possibilidade de generais optarem por acordos de delação premiada, seguindo o exemplo do tenente-coronel Mauro Cid. Os nomes que mais estariam gerando apreensão são os dos generais Mário Fernandes e Estevam Teóphilo. Essa informação foi apurada e detalhada pela jornalista Andréia Sadi, em seu programa “Estúdio I”, na GloboNews nessa quinta-feira (28).
Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro, foi preso pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento em planos golpistas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é apontado como peça-chave na articulação de um plano que incluía o assassinato de autoridades. O golpe foi batizado de “Punhal Verde e Amarelo”.
Já o general Estevam Teóphilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, teria se reunido com Bolsonaro em dezembro de 2022 para discutir apoio militar a um golpe de Estado, conforme investigações da Polícia Federal. Mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid detalham esse encontro.
Segundo a jornalista da Globo, a possibilidade de que esses generais colaborem com as investigações, fornecendo informações detalhadas sobre as supostas conspirações, aumenta a tensão entre os envolvidos, que temem as implicações legais e políticas de tais delações.
Entenda
A Polícia Federal prendeu quatro militares das Forças Especiais e um policial federal. O grupo é acusado de armar um plano de golpe de estado com o objetivo de matar Lula e o seu vice Alckmin em 2022, logo após a vitória dos dois nas eleições presidenciais que aconteceram naquele mesmo ano.
Segundo a investigação, os militares planejavam usar veneno e explosivos. O ministro Alexandre de Moraes também era monitorado pelo grupo que tinha a intenção de “neutralizá-lo”. O plano foi batizado de “Punhal Verde e Amarelo”. Os presos são o policial federal Wladimir Matos Soares, o general da reserva de brigada Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Nessa quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais de 30 pessoas foram indiciadas por envolvimento na organização criminosa.
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