‘Ética’, dispara Janja contra Michelle Bolsonaro após Lula ser chamado de ‘cachaceiro’

Em entrevista recente à Folha de S.Paulo, a primeira-dama Janja Lula da Silva criticou publicamente as ofensas feitas por Michelle Bolsonaro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a conversa, publicada no último domingo (14), ela repudiou as declarações e destacou que quem já ocupou posição de relevância nacional precisa agir com responsabilidade e ética, como no caso da esposa de Jair Bolsonaro.

A confusão teve início no mês de agosto, durante um evento do PL Mulher em Natal (RN), quando Michelle Bolsonaro utilizou seu discurso para atacar Lula, chamando-o de “mentiroso, cachaceiro, pinguço e irresponsável”. As falas repercutiram pelas redes sociais, gerando críticas de diferentes setores, inclusive de opositores mais moderados, que apontaram a falta de postura institucional.

Janja saiu em defesa de Lula

Até então discreta em relação às provocações, Janja resolveu responder. “Eu espero ética das pessoas que já ocuparam o mesmo lugar que eu. Não é esse tipo de comportamento que a maioria das mulheres quer ver vindo de uma ex-primeira-dama”, declarou. Ela reforçou que, apesar da acirrada disputa política, existem limites que não devem ser ultrapassados, sobretudo por figuras públicas de grande visibilidade.

Na entrevista, também destacou sua atuação ao lado do presidente. “Tenho plena convicção de que posso defendê-lo de qualquer ataque, vindo de homens ou de mulheres. Não se trata apenas de defender meu marido, mas de me posicionar diante de um discurso que reforça estereótipos e alimenta o ódio político”, afirmou.

Os ataques

Comentando sobre sua vivência desde que assumiu maior exposição nacional, Janja admitiu que nem sempre foi fácil lidar com a hostilidade e o peso das redes sociais. “Houve momentos em que pensei, sim, em arrumar minhas coisas, pegar as cachorras e ir embora de Brasília”, confidenciou.

Ainda assim, garantiu que permanece firme em seu papel, defendendo bandeiras como o fortalecimento da presença feminina na política, os direitos sociais e a luta contra a desinformação. “É preciso coragem para estar nesse lugar. Mas acredito que é possível enfrentar esse ambiente hostil com dignidade e com trabalho”, disse.

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