Polícia encontra armas na casa da chefe do laboratório que transmitiu HIV

No último domingo (20), a Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu duas armas na casa da coordenadora técnica do laboratório PCS Saleme, Adriana Vargas dos Anjos. O estabelecimento, que prestava serviço para o governo do Rio de Janeiro, vale lembrar, foi o responsável por contaminar seis pessoas com HIV. De acordo com investigações da Polícia Civil, a coordenadora teria mandado economizar no controle de qualidade dos transplantes.

O fato é que agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) apreenderam duas pistolas 9 milímetros e três carregadores com a bióloga Adriana Vargas. A funcionária do laboratório PCS Saleme foi presa em sua residência, em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro prestada nessa última terça-feira (22), a coordenadora deu ordem para que funcionários do laboratório modificassem o controle de qualidade dos testes.

Com o objetivo de diminuir os custos, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes. As análises que eram feitas diariamente, passaram a ser feitas semanalmente. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que Adriana “se associou criminalmente” a outros funcionários do laboratório. A bióloga, além de negar todas as acusações, alegou que a falha foi “humana”.

Entenda o caso

Há menos de duas semanas, no dia 14 de outubro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro começou uma operação para investigar o laboratório PCS Saleme. A empresa foi apontada como responsável pelo erro que provocou a infecção por HIV em seis pacientes após transplante de órgãos. O caso foi descoberto no dia 10 de setembro, depois que um desses pacientes – o que fez o transplante de coração – foi ao hospital com sintomas neurológicos e teve o resultado para HIV positivo – ele não tinha o vírus antes.

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