Na última segunda-feira (6), Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar a família com arsênio, foi presa preventivamente enquanto as autoridades finalizam a investigação. Depois que três familiares dela morreram após comerem um bolo envenenado, os investigadores suspeitaram que ela também pudesse estar envolvida na morte do sogro, que morreu em setembro de 2024 por intoxicação alimentar. Após a exumação do cadáver, a perícia também constatou a presença de uma substância tóxica no corpo do homem e agora ela também é suspeita de ter causado essa morte.
Conforme as informações divulgadas pela Polícia Civil, a perícia também teria encontrado arsênio no corpo do sogro de Deise e ela teria tentado ocultar as provas. Logo após a morte do homem, a suspeita tentou fazer a família acreditar que a morte foi causada pela ingestão de bananas contaminadas após uma enchente que aconteceu no município de Canoas, no Rio Grande do Sul, onde os sogros tinham uma casa.
Ainda de acordo com as autoridades, Deise também teria tentado convencer os familiares a cremarem o corpo do homem, mas não obteve sucesso. No entanto, ela teria convencido a sogra a não realizar novas análises laboratorais para descobrir a causa da morte do sogro e usou o marido como desculpa. Segundo a polícia, a suspeita teria dito à sogra que o filho dela estava “muito deprimido” e também estava se culpando pela morte do pai por ter, supostamente, levado as bananas para ele. “Acho que precisamos rezar mais, aceitar mais, e não procurar culpados onde não tem, não nos momentos em que Deus nos reserva, e isso, sim, não tem volta, nem polícia, nem perícia que possa nos ajudar a desvendar”, ela teria dito à sogra por mensagem.
A delegada Sabrina Deffente contou o passo a passo de como a suspeita chegou até o veneno. “Ela (Deise) pesquisou, comprou, recebeu e usou o veneno para matar pessoas. A gente não tem dúvida de que se trata homicídios e tentativas de homicídios em série. Durante muito tempo, ela não foi descoberta e tentou apagar provas que pudessem levar à atribuição de culpa a ela”, explicou. Já o delegado Marcos Vinicius Veloso, titular da Polícia Civil de Torres (RS), também deu detalhes da postura de Deise durante os depoimentos. “Uma postura fria, com uma reposta sempre na ponta da língua, tranquila”, contou.
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