O advogado Paulo Bueno, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro, no caso da tentativa de um golpe de estado em 2022, informou que o político não tinha obrigação de denunciar o plano golpista que tinha intenção de assassinar o presidente Lula. A fala foi dita durante uma entrevista dada ao programa ‘Estúdio I’, da GloboNews.
“É crível que as pessoas o abordassem com todo tipo de proposta, é fato que ele (Bolsonaro) não aderiu. (…) Não era obrigação dele denunciar”, afirmou Bueno em conversa com a jornalista Andrea Sadi. Cabe ressaltar que o relatório da Polícia Federal que investiga o caso, afirma que Bolsonaro como o mentor por trás do plano.
“Planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito”.
A Polícia Federal prendeu quatro militares das Forças Especiais e um policial federal. O grupo é acusado de armar um plano de golpe de estado com o objetivo de matar Lula e o seu vice Alckmin em 2022, logo após a vitória dos dois nas eleições presidenciais que aconteceram naquele mesmo ano.
Segundo a investigação, os militares planejavam usar veneno e explosivos. O ministro Alexandre de Moraes também era monitorado pelo grupo que tinha a intenção de “neutralizá-lo”. O plano foi batizado de “Punhal Verde e Amarelo”. Os presos são o policial federal Wladimir Matos Soares, o general da reserva de brigada Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Na última quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais de 30 pessoas foram indiciadas por envolvimento na organização criminosa.
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