Nesta sexta-feira (6), a Igreja Pentecostal Deus é Amor [IPDA] acabou causando polêmica ao divulgar um comunicado interno destinado aos obreiros referente a vestimenta e o código de vestimenta dos demais fiéis. A polêmica teve início depois que os religiosos descobriram que, dentre as instruções, estava a proibição de penteados afro. O veto acabou gerando polêmica e após as informações vazarem nas redes sociais, a instituição passou a ser acusada de racismo.
No comunicado enviado aos obreiros, as proibições feitas aos homens foram poucas, mas bastou para chamar a atenção dos fiéis. “Para os homens, é proibido: Manter a barba por fazer, usar penteado afro e calças coladas ao corpo”, dizia o documento. A igreja também salientou o código de vestimenta feminino, proibindo roupas sensuais, maquiagem, unhas pintadas e até mesmo cortes de cabelo.
Como justificativa, a instituição religiosa explicou: “Reforçamos que nossa identidade em Cristo não está vinculada ao uso de maquiagens ou artifícios que alterem nossa aparência natural. Nossa verdadeira beleza é aquela que vem de um espírito manso e tranquilo, conforme descrito em 1 Pedro 3:3-4”, dizia o documento. A igreja também deixou claro que, caso a ordem seja descumprida, os membros que não seguirem as diretrizes não poderão participar da comunhão, sendo excluídos dos eventos e qualquer outra tarefa ligada à ela, até que passe a respeitar o código de vestimenta.
Depois que toda a história saiu de dentro das paredes da igreja e chegou nas redes sociais, não demorou muito para que internautas começassem a acusar a congregação de racismo. “Como é??? Então o meu cabelo que tem liberdade de expressão tem que virar coque??? A RELIGIOSIDADE É UMA COISA”, reclamou uma pessoa. “Racismo escancarado do cristianismo”, escreveu um usuário. “Proibir o penteado natural da pessoa, só tem um nome para isso: racismo. Quando essas instituições religiosas serão penalizadas?”, indagou um internauta.
Depois que a polêmica acerca da Igreja Pentecostal Deus é Amor ganhou a web, ela se pronunciou por meio de uma nota de esclarecimento e afirmou que o documento anterior não “não reflete o que a diretoria queria, de fato, comunicar”. Os líderes também admitiram que o texto foi “mal redigido” e se desculpou. “Pedimos sinceras desculpas se as palavras mal redigidas, que não estão de acordo com o que a diretoria desejava comunicar, tenham ferido algum irmão em Cristo”, dizia o documento.
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